A ingest\u00e3o de bebidas alco\u00f3licas tem sido associada a uma s\u00e9rie de doen\u00e7as e seu consumo, excessivo ou n\u00e3o, a 10% de todas as neoplasias, 20% de les\u00f5es intencionais ou n\u00e3o, in\u00fameras doen\u00e7as cardiovasculares (hipertens\u00e3o arterial, arritmias, derrames, miocardites, dentre outras), doen\u00e7as do aparelho digestivo (cirrose hep\u00e1tica, gastrites, por ex.) e 7% de todas as mortes incluindo acidentes de tr\u00e2nsito e suic\u00eddios.<\/p>\n
Frequentemente, nas \u00faltimas tr\u00eas d\u00e9cadas, temos recebido informa\u00e7\u00f5es oriundas de algumas pesquisas, da pr\u00f3pria ind\u00fastria de bebidas alco\u00f3licas e tamb\u00e9m da m\u00eddia, criando o mito de que o \u00e1lcool prolonga sua vida por reduzir o risco de doen\u00e7as cardiovasculares, promovendo consequentemente, aumento no seu consumo. Sem d\u00favida ocorre um aumento dos n\u00edveis sangu\u00edneos da fra\u00e7\u00e3o protetora do colesterol (HDL) com o consumo de bebidas alco\u00f3licas, entretanto, in\u00fameros estudos j\u00e1 demonstraram que este aumento n\u00e3o est\u00e1 relacionado a uma redu\u00e7\u00e3o do risco de infarto do mioc\u00e1rdio, da mesma forma que os efeitos anti-oxidantes e cardioprotetores do resveratrol, presente nos vinhos tintos, podem ser obtidos apenas com o consumo de uvas, sem os efeitos delet\u00e9rios do \u00e1lcool nos vasos sangu\u00edneos, como o espessamento de suas paredes e desenvolvimento de calcifica\u00e7\u00f5es, que depreciam a sa\u00fade vascular.<\/p>\n
Em 2019, de acordo com a World Heart Federation, 2,4 milh\u00f5es de mortes foram atribu\u00eddas ao consumo de bebidas alco\u00f3licas, ou seja, 4,3 % de todas as mortes observadas no planeta.<\/p>\n
Em fun\u00e7\u00e3o de todas estas observa\u00e7\u00f5es, a OMS promoveu um plano de a\u00e7\u00e3o global visando reduzir o consumo \u201cper capita\u201d relativo de \u00e1lcool em 10% at\u00e9 2030. Para tal, aquelas pessoas que apresentem doen\u00e7as cardiovasculares ou outras doen\u00e7as cr\u00f4nicas, gestantes, mulheres amamentando e crian\u00e7as devem se abster do consumo de bebidas alco\u00f3licas e enfatizar para aqueles que n\u00e3o apresentam nenhuma condi\u00e7\u00e3o cl\u00ednica que n\u00e3o h\u00e1 n\u00edvel de consumo de bebidas alco\u00f3licas saud\u00e1vel.<\/p>\n
Em nossa cl\u00ednica, Med-Rio Check-up, todos os nossos clientes respondem a um question\u00e1rio espec\u00edfico (AUDIT \u2013 Alcohol Use Disorders Identification Test) que nos permite quantificar a ingest\u00e3o alco\u00f3lica individualmente. Esta observa\u00e7\u00e3o nos demonstrou por exemplo que durante a recente pandemia, em aproximadamente 20 mil check-ups realizados, tivemos uma eleva\u00e7\u00e3o de 25 para 39% no consumo de bebidas alco\u00f3licas e consequentemente, aumento em uma s\u00e9rie de condi\u00e7\u00f5es cl\u00ednicas que podem estar associadas direta ou indiretamente a este consumo, tais como, hipertens\u00e3o arterial (de 18 para 24%), esteatose hep\u00e1tica (de 30 para 36%), diabetes (de 6 para 11%), obesidade (de 12 para 20%) e depress\u00e3o (de 7 para 12%), dentre outras.<\/p>\n
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Sa\u00fade \u00e9 preven\u00e7\u00e3o!<\/p>\n
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*Dr. Galileu Assis \u00e9 Diretor M\u00e9dico da Med-Rio Check-up e Membro do American College of Lifestyle Medicine<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" A ingest\u00e3o de bebidas alco\u00f3licas tem sido associada a uma s\u00e9rie de doen\u00e7as e seu consumo, excessivo ou n\u00e3o, […]<\/p>\n","protected":false},"author":9,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"yoast_head":"\n