Avaliação realizada no check-up médico é essencial para diagnosticar alterações na parte final do intestino

 

O exame de retossigmoidoscopia permite diagnosticar pólipos, alterações que podem causar o câncer de intestino — Adobe/Reprodução

 

Um dos exames imprescindíveis no check-up médico de rotina é o proctológico. “O seu objetivo é prevenir e detectar precocemente alterações na parte final do intestino”, explica o doutor Galileu Assis, cofundador da Med-Rio Check-up e coautor do livro “Saúde é Prevenção” (Rocco), com o médico Gilberto Ururahy. Durante essa avaliação médica é realizada a videorretossigmoidoscopia flexível, com o uso de um endoscópio para observar o canal anal, reto, sigmoide e cólon descendente.

Inicialmente, no exame proctológico, o especialista observa se há fístulas, fissuras e hemorroidas, além de lesões cutâneas, que podem estar associadas a doenças sexualmente transmissíveis, como, por exemplo, o condiloma (verrugas genitais), causado pelo papilomavírus humano (HPV), além de abcessos e cistos sebáceos. Outra análise importante é o da tonicidade do esfíncter anal, a estrutura muscular em forma de anel, que controla a abertura ou oclusão de um canal. Com a idade, ele pode se enfraquecer

“No exame proctológico, uma etapa essencial é a videorretossigmoidoscopia flexível, com fibra ótica. Assim, conseguimos diagnosticar lesões no reto e no sigmoide; a porção em formato de S que liga o intestino grosso ao reto. As mais frequentes são divertículos, inflamações do cólon (colites) e, principalmente, pólipos, que são alterações pré-tumorais”, esclarece Assis.

A diferença do exame de videorretossigmoidoscopia para o de colonoscopia, que investiga todo o intestino (cólon e reto), é que o segundo requer um preparo mais intenso e internação hospitalar, com sedação. E, se for o caso, o proctologista já retira os pólipos.

“A videorretossigmoidoscopia dura cerca de 20 minutos e não precisa de internação; o indivíduo tem um preparo leve em casa para limpar o final do intestino. Vale lembrar que pelo menos 70% dos pólipos se localizam nessa parte. O que recomendamos é alternar os exames. Isto é, fazer uma primeira colonoscopia aos 45 anos, para pessoas sem história familiar de câncer de intestino, e anualmente realizar a retossigmoidoscopia, e ir alternando”, recomenda Assis.

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