Home Office: consequência da pandemia traz implicações físicas e mentais. Internet/Reprodução

 

 

As últimas semanas deram um alento de que a pandemia começa a demonstrar sinais de enfraquecimento em todo o mundo. Apesar da maior capacidade de contaminação, as variantes se mostraram menos letais, ainda mais entre os indivíduos com o ciclo vacinal completo. Até mesmo a OMS já começa a especular a reclassificação da pandemia para endemia.

Olhando em perspectiva, são muitos os ensinamentos trazidos pela pandemia nos últimos dois anos. O exercício da empatia pelos menos privilegiados, que vivem em situação de risco e que não tinham a alternativa de “ficar em casa”, como apregoou-se à época. A resiliência dos indivíduos foi testada ao limite por seguidos adiamentos, novas ondas e medidas restritivas. Boa parte da população se descobriu mais forte do que supunha. No dia a dia, novos hábitos de higiene parecem ter chegado definitivamente, como lavar as mãos com frequência ou usar álcool gel.

No âmbito profissional, as empresas foram obrigadas a se reinventar em questão de semanas. Inovações que eram estudadas sem pressa foram implementadas pelas corporações à toque de caixa. Para manterem-se em atividade, grande parte das empresas migrou para o trabalho remoto de casa, interagindo apenas por telas.

Porém, não é possível pensar na vida pós-pandemia sem sequelas mentais e físicas. O recorrente “stop and go” das orientações sanitárias levam os indivíduos ao limite. É grande o número de casos de pessoas deprimidas e estressadas. No ambiente de trabalho, a imposição do home office gerou quadros de ansiedade e burnout. Os compromissos profissionais se mudaram para dentro da casa dos colaboradores. O resultado é aumento do sedentarismo, do consumo de álcool e cigarro, alimentação rica em gorduras e carboidratos e noites mal dormidas; uma herança de um estilo de vida ruim para a vida pós-Covid, que se avizinha cada vez mais depressa.

Tendo em vista que a absoluta maioria das mortes de Covid-19 foram em decorrência da idade dos pacientes combinada com comorbidades – diabetes, pressão alta, doenças cardiorrespiratórias – os últimos dois anos deixaram patente a importância do estilo de vida saudável a longo prazo na busca da longevidade com autonomia.

Um legado inegável da pandemia é a defesa veemente de hábitos cotidianos como a maneira mais fácil e segura de garantir saúde a longo prazo: alimentar-se bem, praticar exercícios, evitar o tabagismo, consumir bebidas alcóolicas com moderação, ter noites de sono reparadoras e fazer exames periódicos.

Saúde é prevenção!