Jornal americano aponta o que ficou conhecido como “Dieta Mediterrânea” como alimentação ideal

 

Dieta Mediterrânea: cozinha farta em peixes, castanhas e gorduras boas é referência em alimentação saudável. Shutterstock/Reprodução

 

Um ponto que abordamos reiteradamente com todos os clientes que buscam as clínicas da Med Rio Check-up é a importância de um estilo de vida saudável no mundo contemporâneo, dominado em grande parte pelo estresse, o uso excessivo de telas e a falta de tempo.

A saúde se concretiza como parte do cotidiano a partir de simples atitudes, como a prática rotineira de exercícios, noites reparadoras de sono, moderação no consumo de álcool, distância do tabagismo além, claro, da realização de exames preventivos. Mas um último item é um pilar fundamental nesta rotina: a alimentação saudável.

A ciência já provou que a quantidade e a qualidade dos alimentos ingeridos são pontos-chave na prevenção de doenças crônicas. O consumo excessivo de sal, gorduras e doces a longo prazo, por exemplo, contribuem para diabetes, doenças cardíacas e cânceres.

Na esteira do que seria a alimentação perfeita, aparecem várias dietas oportunistas que se autodenominam “milagrosas”. No entanto, o jornal The New York Times publicou um artigo este mês argumentando que a Dieta Mediterrânea seria, de fato, excelente para a saúde por uma razão simples: não se trata de uma dieta inventada por alguém para vender livros ou outros produtos e ganhar dinheiro.

O êxito se justifica a partir da experiência prática de milhões de cidadãos da França, Itália, Grécia e Croácia, que consomem pratos a base de ingredientes mediterrâneos há décadas e, consequentemente, apresentam menor incidência de doenças cardíacas. E por que isso acontece? Porque os ingredientes mediterrâneos de fato são bastante saborosos e, por sorte, muito saudáveis.

Pesquisadores concluíram que o cardápio desses países eram a base de frutas, vegetais legumes, grãos integrais, castanhas, proteínas magras, como salmão, sardinha e atum, e gorduras boas, como azeite extra virgem, por exemplo. Desde então a alimentação mediterrânea ficou conhecida como “amiga” do coração, por seus efeitos protetivos e saudáveis, além de comprovada influência na redução da pressão arterial e do colesterol e na redução de riscos de diabetes tipo 2.

Além disso, estudo publicado em 2018 a partir do acompanhamento de 26 mil mulheres que seguiam a Dieta Mediterrânea a longo prazo concluiu que 25% delas tinham redução de risco de doença cardiovascular. Isso se explica pela mudança de quantidade de açúcar no sangue, inflamações e percentuais de massa magra no corpo.

Um ponto que pesa a favor da disseminação da alimentação mediterrânea é que, por ser gostosa e diversificada, é de fácil sustentação a longo prazo. Quem adere à sua prática não se sente “fazendo dieta”, ao contrário, bem alimentado e saciado. Não se trata, portanto, de uma dieta, mas de uma educação alimentar correta, voltada ao estilo de vida saudável. Porém, é preciso estar atento: alimentos ricos em nutrientes não têm, necessariamente, poucas calorias. Azeite de oliva e castanhas, por exemplo, que na medida certa podem ser excelentes aliados do coração, podem levar a ganho de peso se consumidos em excesso.

Para nós, que moramos bem longe do Mediterrâneo, as boas notícias são que os alimentos que compõem as refeições da região são fáceis de serem encontrados aqui, além de serem a cara do verão carioca, por seu frescor.

Aproveite a estação marcada por altas temperaturas, para comer melhor e mais leve!

Gilberto Ururahy é médico há mais de 40 anos, com longa atuação em Medicina Preventiva. Em 1990, desenvolveu a Med Rio Check-up, líder brasileira em check-up médico. É detentor da Medalha da Academia Nacional de Medicina da França, Conselheiro estratégico da ABRH-Brasil e autor de quatro livros: Como se tornar um bom estressado (editora Salamandra), O cérebro emocional (editora Rocco), Emoções e saúde (editora Rocco) e Saúde é Prevenção (editora Rocco), com o médico Galileu Assis, diretor da Med Rio Check-up.